1.29.2009

Começo


Quando começamos a gostar de uma pessoa? Quando nossos pensamentos se voltam contra nós e mesmo com provas, livros, musicas, teimam em pensar no mesmo assunto? Ou seria melhor... Na mesma pessoa? Será que é quando nos damos conta que até o show da sua banda favorita pode ser tornar o programa mais tedioso do mundo se ele não estiver contigo? E se ficamos à espera de algum sinal de vida, de uma ligação, uma mensagem, ou mesmo que ele venha ate você pra te dá um Oi, será que é assim? Seu assunto, se não é ele, gira em torno dele. Não, isso tudo é aquele estágio da vida do ser humano em que ele se apega, seja a quem for, só por uma garantia, só por saber que vai ter aquela pessoa ali quando precisar, seria ate equivocado chamar a isso de estágio, já que a definição da palavra seria passagem, nada duradouro, e nós, seres dependentes, sim, somos muito, sempre queremos esse alguém pra nos agarrarmos, pra fortalecer aquela base que mesmo que teimemos em dizer que é sempre muito bem solidificada, está sempre em mutação, sempre com duvidas emergindo de lugares que nem supomos existir. Não, prefiro chamar a isso de carência. Aquela falta, aquela saudade, aquela angústia por não ter notícias do ser que achamos por conveniência nos apegarmos. Sim, eu sofro desse mal, seria um mal? Ah não, melhor classificar como epidemia, daquelas generalizadas, e o melhor remédio seria ficar de quarentena, é, isso mesmo, porque não quero depender de alguém, não quero ser um parasita, quero ter vida própria, me divertir comigo mesma, voltar a ser o que era antes de ser atingida pelo que fui. Quero sentir carência de chocolate, de sanduíches, de coca cola com gelo e limão, não de pessoas, essas são muito imprevisíveis, mudam em fração de segundos, e por que eu iria depender de alguém assim? Prefiro Chocolate, aquele ao leite, pra ser mais exata, eu sei que vão 10 anos e vão continuar a ter o mesmo sabor.

Amor inventado...


Lembra quando ficava ansiosa pra vê-lo, de quando o via e sentia calafrios, de quando ele ligava e você morria de alegria. Lembra de quando sempre pensava em como o conheceu, uma forma tão banal, um garoto tão normal, mas que agora não saía da sua cabeça. Você sempre achou que nunca conheceria alguém assim.
Nossa! Como era fácil escrever sobre ele, pra ele, falar dele pra todo mundo. Pouco importava se você parecia uma idiota porque só falava dele, se só saía com ele. Que prazer mais egoísta, o de falar pra todos os seus sentimentos, mas não ter coragem de falar pra pessoa certa. A única que se importaria em saber.
Então vocês se aproximam e fica tudo perfeito, tudo lindo. Vocês saem juntos, conversam sobre assuntos muito interessantes, se abraçam, enfim. Um cara perfeito, várias noites perfeitas. Músicas, sensações, segredos, cheiros, emoções. Ah, é tudo tão irreal.
Aí tudo começa a desandar, tudo acaba. As conversas, as bobagens, as lindas noites inesquecíveis, tudo, tudinho. Escorre entre seus dedos. Você fica sem rumo, se odeia, se culpa por ser tão ingênua, por ter caído no mesmo conto de novo.
Lágrimas, cartas e papéis em cima da cama, você deita no chão se perguntando "Por que?". Foi tudo tão rápido, tão volúvel. De repente fica tudo cinza, nada mais de cores. Você o vê tão feliz e normal. Tudo dói, corrói, destrói dentro de você.
Mas como dizia a mamãe: "Depois da tempestade sempre vem a calmaria". Então você se vê viva, sabe que pode andar sozinha, não precisa de mais ninguém. Levanta, sobe e aprende alguma coisa de tudo isso.
Duas semanas depois você se vê apaixonada de novo, com um cara mais que perfeito. As mesmas sensações, o mesmo ar mágico. E você mergulha sem medo, sabendo que tudo pode acontecer mil vezes, que sempre será diferente. Tudo será diferente.