12.06.2009

O ano vai acabando, e tu, já fizeste teu "balanço" de 2009? A cartinha pro papai Noel, com desejos e planos pra 2010? Sem um mínimo de saudade do ano vai ficando pra trás. Um ano cheio de presentes e ausentes, sons e cheiros, toques e solidão. Um ano como qualquer outro, o que muda é a esperança exagerada pro ano que vem. Tudo vai ser diferente, vai ser melhor. Multiplicação de amores, amigos e dinheiro. A estagnação dos dias de domingo, a morgação na frente do PC, os telefonemas que nos fazem MORRER, tudo vai ser diferente. Igualmente diferente de todos os outros anos. Aí vem novos carnavais, páscoas, feriados longos e loucos. Aproveitemos então Viada, o finzinho desse ano, que nos escorre entre os dedos. Façamos novos planos, novas aventuras doidas, novas listas do que fazer antes de morrer. Vamos incluir nesta última a vontade de mudar e enterrar o que ficou pra trás. Vamos incluir, também, viajar sem rumo pra conhecer novas pessoas e formas de viver. Aqui ficam os meus votos de boas festas. Feliz 2010!!!


*Para a "Viada" do meu coração, minha amiga Allana.

10.05.2009

Eu, por eu mesma.

Pondo em dúvida o meu ser, sobra-me o que?
Resta-me apenas a opção de ser uma incógnita.
Então, atribua-me um valor.
X.
Allana Rabelo

10.04.2009

Tudo de novo, de novo!

Por uns tempos longe, mas agora voltando com toda força e criatividade. Talvez com menos tempo, mas quem faz o tempo passar?? Enfim, na ativa, de novo!!

5.20.2009

Parajana vago





Ela subiu, pagou a passagem e sentou-se a janela. Pronto, a partir de agora ela viajaria mais uma vez em todos seus pensamentos mais íntimos, exclusivamente seus. No ônibus tinham poucas pessoas, além dela e de duas outras mulheres falantes, só o motorista e o cobrador.
O fim da tarde meio chuvosa, com aquele clima nostálgico, ela olhou fixamente a paisagem da rua. Todas aquelas casas, becos e avenidas, todos aqueles prédios e arranha-céus. Quando de repente senta-se um moço, um tanto chato, ao seu lado. Pedi-lhe umas informações sobre o local aonde está indo. Ela educadamente, responde. Com um leve sorriso, volta a sua paisagem. Ele insiste na conversa, fala sobre o tempo, sobre si... Mas ela continua compenetrada naquela paisagem.
Coloca seus fones de ouvido e ouve uma música , o rapaz constrangido cala-se. Ela sorri e o mundo pára no movimento do ônibus. Ela ainda lamenta, acha que o rapaz poderia lhe dizer algo interessante, algo que a ajudaria em sua jornada por esse mundo. No mundo real das pessoas, não dela.
Pensou em ouvi-lo, afinal não faria a menor diferença, quem sabe ela ouviria algo que a tornasse melhor. Com peso na consciência ela o fitou, olhou pro outros passageiros e disse consigo mesma:
- Ninguém mais pode, a não ser eu mesma, me tornar alguém melhor.
Voltou para sua adorada janela e ouvindo a música que aguçava seus sentidos e sentiu-se única, apenas ela estava naquele ônibus agora. A vida seguia em frente, não voltava, podia quem sabe parar, mas nunca voltava.

4.23.2009


Às vezes, por mais doloroso e traumático que seja, devemos virar a página, terminar um capítulo. E por mais que nos doa, por mais que seja difícil conseguir fazê-lo, devemos descobrir de onde tirar tal força para finaliza-lo. E no novo capítulo, nessa nova fase, não devemos, necessariamente, fazer TUDO diferente, mas nos basearmos o suficiente para não cometer os mesmos erros cometidos naquele capítulo, que agora, faz parte do passado.

3.11.2009

CQNVM - Folhas em branco..


Por diversos momentos as folhas ficaram em branco, não por não saber o que escrever, mas por não saber por onde começar. Fico a perguntar-me em que momento começou o declínio de tudo, em que momento só a presença já não bastava, qual situação foi o ápice pra ‘acabar’ com o que nem sequer tinha começado. Estava longe de fazer cobranças, longe de dizer que foi decepcionante, não, qualquer experiência, seja ela duradoura ou repentina, traz, pouco ou muito, aprendizado, e esse é um clichê dos mais verdadeiros.
A originalidade foi o ponto forte de tudo, começando por como e por onde nos conhecemos, pelo que fizemos e falamos... A cada encontro, esses cada vez mais freqüentes, surgia algo bom, uma cumplicidade, algo inexplicável. Se ia durar pra sempre não sabia, mas queria que fosse eterno enquanto durasse.
Saudade. Da companhia. Presença. Cumplicidade. Segredos. Risos. Gargalhadas. Filmes. Hoje principalmente, que por mais que tenha passado pouquíssimo tempo da nossa, digamos, separação, me bateu uma sensação de nostalgia e lembrei de você, lembrei de tudo... Essa minha memória que não me deixa em paz!
Não sei se posso dizer que fui sincera todo esse tempo, todo esse tempo? Quanto tempo? Quando começou? Quando terminou? Terminou? Não... Vamos pelo começo. Eu não sou tão fria, tão racional quanto demonstrei ser, sou melosa, gosto de abraços e beijos, de estar perto, de me envolver realmente. De minha parte foi isso. E você? Sempre foi honesto? Não sei o que me fez agir à maneira contraria, talvez receio por mal lhe conhecer, ou simplesmente por achar que tudo não passaria de um ou dois encontros e ponto final. Mas não. Foi o contrário.
Envolvemos-nos. Nós? Falarei por mim. Envolvi-me a tal ponto que já não era mais companhia, era uma espécie de costume, dependência até, algo que fugiu do controle porque sempre foi tudo muito especial, jamais houve ocasião em que qualquer um dos dois agisse mal, hoje eu posso afirmar que a base da nossa relação sempre foi o receio. Sempre. Medo de passar dos limites, de demonstrar qualquer coisa a mais, sempre um em reciprocidade ao outro. E o tempo que durou tudo foi mais que extraordinário, foi mágico. Era bom falar: ‘Vamos sair hoje?’; ‘Vamos fazer o que hoje?’, e, ironicamente, era sempre filme. Gostei de tudo. Tudo mesmo. E a gente acaba aprendendo, muito, preferiria que todas as minhas relações só durassem ate a etapa de conhecimento, porque depois, a próxima etapa, eu já não tenho tanta sorte.
Depois que as águas acalmam-se, depois de algum tempo é que vemos onde falhamos, se é que falhamos, e em suma.. Sinto saudades, muitas, porque era bom saber que eu ‘tinha’ alguém, na verdade sempre tive certeza que não ia ser pra tudo pra sempre, porque constantemente o racional dizia-me que as pessoas mudam, com isso, os caminhos, os amigos, mudam... Mas por mais que você saiba que um dia tudo vai cair em meio vão, não consegue imaginar o quão doloroso, se é que essa palavra traduz ao pé da letra o que é realmente sentido, é chegar um momento em que tudo volta, todos as ocasiões, todas as conversas, todos os filmes, tudo o que você disse, tudo que falei, todos os momentos simplesmente voltam. Pergunto-me se posso ter dito algo errado ou feito tudo o que podia e fico aborrecida por não lembrar de tudo, talvez o acontecimento crucial que acabou com tudo tenha ocorrido enquanto não prestava atenção... E você não consegue controlar sua mente e dizer: ‘Pára, eu não quero mais 0lembrar. ’ Porque, para minha angústia, isso é impossível.
Se tiver sido pra ser só... O que? Não consigo definir nada... Não vou dizer que espero que daqui há algum tempo tudo volte ao normal, porque sei que jamais voltará. Já não sei mais o que falar. O que tinha pra ser dito jamais fora. O que tinha pra ser vivido, fora.
Não vou dizer que não vivo sem você, eu vivo muito bem, só não quero.
Alguns dias sinto-me péssima por dentro, mas não vou admitir, às vezes apenas quero esconder que é de você que sinto falta e é tão difícil dizer adeus..
Só que hoje, só que agora, nesse momento... Só consigo dizer que sinto saudades

2.10.2009

Tardes de chuva...



Tudo volta como um turbilhão. Pensamentos, lembranças, poesias, cartas de amor, sons, cheiros, sensações, canções, enfim. Nada se perde em uma tarde assim. Realmente passa muitas coisas em mente. Esqueço do mundo quando vejo o céu assim, tão...cinza.
Essa tarde tem cheiro de saudade, saudade da infância, dos amores passados que ainda se fazem presentes em mim. O frio faz-me sentir renovada, como se uma nova era começasse nesse momento. Um momento único, que faço questão de perdê-lo ao pensar como será depois.
Ora, o depois não existe! Só existe o agora. Então essa sensação de amor e paz me faz ver o mundo com outros olhos, com outro modo. Como se realmente houvesse esperança.
Sinto-me voar nas cores dessa tarde cinzenta. Outrora ainda menos colorida, pois o cinza dá um ar expectante. Como algo que renova-se. Uma tarde linda como essa não pode passar.
Gravo no meu coração a sensação que eu sinto sempre quando estas tardes vivo.

Primeiro


Lembrei agora do meu primeiro amor platônico, na primeira série, eu com dez pra onze anos. Bons tempos. Fico lembrando hoje da inocência que era você estar ‘apaixonada’ naquela época, era um sentimento sem culpa, sem medo, diria que inesquecível. Se vierem me perguntar hoje, nesse momento, se acredito em amor à primeira à vista, digo que SIM com todas as letras, acentos, pontos, tudo. É patético, eu sei, mas é um sentimento que sempre vale a pena experimentar, mesmo que nos decepcionemos, choremos e façamos outras bobagens típicas dos apaixonados, porém nada se compara à sentir aquele frio na barriga, suspirar seu nome sem sentir, se pegar pensando nele em qualquer momento do dia, sorrir ao lembrar dos momentos passados.. Sim, tudo isso muito bom.
Tive alguns amores em minha vida. O primeiro na 1ª série, era tão fantástico, tão forte o sentimento, acho que realmente ele nunca soube o que se passava comigo. Até mesmo um olhar seu me fazia petrificar, congelar aquela imagem e passar dias, ate meses lembrando, passando aquela cena tantas vezes em minha mente que sua fisionomia ficou marcada em minha mente. Férias para mim era sinônimo de saudades, de angústia, o mês mais longo do ano, pois só de pensar que passaria enormes dias sem vê-lo para mim era um martírio. Mas o tempo passa, mudamos de colégio, conhecemos outros amigos, criamos responsabilidades, crescemos e depois de quase oito anos sem nos vermos, encontramo-nos à poucos dias, onde eu jamais imaginei que fosse vê-lo. Estava bonito, sempre foi, forte, uma voz máscula, estava de azul, uma cor que definitivamente me dá sono, mas não deixou de estar um charme. Não nos falamos, mas tenho certeza que ele me reconheceu, me olhou e admirou. Por pura sorte estava bem arrumada. Gostei de tê-lo visto novamente, me fez lembrar de coisas boas da minha infância, do quanto era feliz, e não me dava conta de que o desejo de ser ‘gente grande’ só viria frustrar-me. Sim, ele foi o primeiro. Nunca nos beijamos, acho que nunca nem nos demos as mãos. Moramos no mesmo bairro, temos amigos em comum, nossos pais provavelmente se conhecem. E acho que nunca vamos nos falar, mas primeiro amor... Sempre é primeiro amor.

1.29.2009

Começo


Quando começamos a gostar de uma pessoa? Quando nossos pensamentos se voltam contra nós e mesmo com provas, livros, musicas, teimam em pensar no mesmo assunto? Ou seria melhor... Na mesma pessoa? Será que é quando nos damos conta que até o show da sua banda favorita pode ser tornar o programa mais tedioso do mundo se ele não estiver contigo? E se ficamos à espera de algum sinal de vida, de uma ligação, uma mensagem, ou mesmo que ele venha ate você pra te dá um Oi, será que é assim? Seu assunto, se não é ele, gira em torno dele. Não, isso tudo é aquele estágio da vida do ser humano em que ele se apega, seja a quem for, só por uma garantia, só por saber que vai ter aquela pessoa ali quando precisar, seria ate equivocado chamar a isso de estágio, já que a definição da palavra seria passagem, nada duradouro, e nós, seres dependentes, sim, somos muito, sempre queremos esse alguém pra nos agarrarmos, pra fortalecer aquela base que mesmo que teimemos em dizer que é sempre muito bem solidificada, está sempre em mutação, sempre com duvidas emergindo de lugares que nem supomos existir. Não, prefiro chamar a isso de carência. Aquela falta, aquela saudade, aquela angústia por não ter notícias do ser que achamos por conveniência nos apegarmos. Sim, eu sofro desse mal, seria um mal? Ah não, melhor classificar como epidemia, daquelas generalizadas, e o melhor remédio seria ficar de quarentena, é, isso mesmo, porque não quero depender de alguém, não quero ser um parasita, quero ter vida própria, me divertir comigo mesma, voltar a ser o que era antes de ser atingida pelo que fui. Quero sentir carência de chocolate, de sanduíches, de coca cola com gelo e limão, não de pessoas, essas são muito imprevisíveis, mudam em fração de segundos, e por que eu iria depender de alguém assim? Prefiro Chocolate, aquele ao leite, pra ser mais exata, eu sei que vão 10 anos e vão continuar a ter o mesmo sabor.

Amor inventado...


Lembra quando ficava ansiosa pra vê-lo, de quando o via e sentia calafrios, de quando ele ligava e você morria de alegria. Lembra de quando sempre pensava em como o conheceu, uma forma tão banal, um garoto tão normal, mas que agora não saía da sua cabeça. Você sempre achou que nunca conheceria alguém assim.
Nossa! Como era fácil escrever sobre ele, pra ele, falar dele pra todo mundo. Pouco importava se você parecia uma idiota porque só falava dele, se só saía com ele. Que prazer mais egoísta, o de falar pra todos os seus sentimentos, mas não ter coragem de falar pra pessoa certa. A única que se importaria em saber.
Então vocês se aproximam e fica tudo perfeito, tudo lindo. Vocês saem juntos, conversam sobre assuntos muito interessantes, se abraçam, enfim. Um cara perfeito, várias noites perfeitas. Músicas, sensações, segredos, cheiros, emoções. Ah, é tudo tão irreal.
Aí tudo começa a desandar, tudo acaba. As conversas, as bobagens, as lindas noites inesquecíveis, tudo, tudinho. Escorre entre seus dedos. Você fica sem rumo, se odeia, se culpa por ser tão ingênua, por ter caído no mesmo conto de novo.
Lágrimas, cartas e papéis em cima da cama, você deita no chão se perguntando "Por que?". Foi tudo tão rápido, tão volúvel. De repente fica tudo cinza, nada mais de cores. Você o vê tão feliz e normal. Tudo dói, corrói, destrói dentro de você.
Mas como dizia a mamãe: "Depois da tempestade sempre vem a calmaria". Então você se vê viva, sabe que pode andar sozinha, não precisa de mais ninguém. Levanta, sobe e aprende alguma coisa de tudo isso.
Duas semanas depois você se vê apaixonada de novo, com um cara mais que perfeito. As mesmas sensações, o mesmo ar mágico. E você mergulha sem medo, sabendo que tudo pode acontecer mil vezes, que sempre será diferente. Tudo será diferente.